Na homilia, o Papa propôs à reflexão três pensamentos, simples e breves, inspirados nas leituras do dia.
O primeiro partiu da visão de São João
da ação do Espírito Santo, que ao trazer-nos a novidade de Deus, vem a
nós e faz novas todas as coisas: transforma-nos e através de nós, quer
transformar também o mundo onde vivemos. Prosseguindo, Francisco
exortou:
“Abramos-Lhe a porta, façamo-nos guiar
por Ele, deixemos que a ação contínua de Deus nos torne homens e
mulheres novos, animados pelo amor de Deus. Como seria belo se cada um
de vós pudesse, ao fim do dia, dizer: Hoje na escola, em casa, no
trabalho, guiado por Deus, realizei um gesto de amor por um colega meu,
pelos meus pais, por um idoso”.
A novidade de Deus, disse, “não é como
as inovações do mundo, que são todas provisórias, passam e procuramos
outras sem cessar. A novidade que Deus dá à nossa vida é definitiva; e
não apenas no futuro quando estivermos com Ele, mas já hoje”.
O segundo pensamento se inspirou na
Primeira Leitura, quando Paulo e Barnabé afirmam que “temos de sofrer
muitas tribulações para entrarmos no Reino de Deus”.
“O caminho da Igreja e também o nosso
caminho pessoal de cristãos não são sempre fáceis”, disse, advertindo
que “seguir o Senhor, deixar que o seu Espírito transforme nossas zonas
sombrias, nossos comportamentos em desacordo com Deus e lave os nossos
pecados é um caminho que encontra obstáculos fora de nós, no mundo onde
vivemos e que muitas vezes não nos compreende”.
“Mas as dificuldades e tribulações fazem parte da estrada para chegar à glória de Deus” - concluiu.
No último ponto, Francisco convidou
todos, especialmente os crismandos e crismandas, a permanecerem firmes
no caminho da fé, com segura esperança no Senhor:
“Este é o segredo do nosso caminho. Ele
nos dá coragem para ir contra a corrente: faz bem ao coração, mas é
preciso coragem!”. O Papa ressalvou que isto é verdade principalmente
quando nos sentimos pobres, fracos ou pecadores, porque Deus proporciona
força à nossa fraqueza, riqueza à nossa pobreza, conversão ao nosso
pecado.
Francisco terminou a homilia usando a mesma expressão de Papa Wojtyla, em 1978:
“Abramos – escancaremos - a porta da
nossa vida à novidade de Deus que nos dá o Espírito Santo, para que nos
transforme, nos torne fortes nas tribulações, reforce a nossa união com o
Senhor, o nosso permanecer firmes Nele: aqui está a verdadeira
alegria”.
Dirigindo-se ainda aos jovens,
acrescentou: “Joguem a vida por grandes ideais. Apostem em grandes
ideais, em coisas grandes; não fomos escolhidos pelo Senhor para
‘coisinhas pequenas’, mas para coisas grandes!”.
Após a homilia, os jovens se aproximaram
do Pontífice para o rito da Confirmação. O brasileiro Victor Chaves
Costa Lima, de 16 anos, foi um dos que nesta cerimônia, expressaram a
sua plena e livre decisão de aderir à fé batismal.
FONTE: CNBB/VATICANO