No 6º dia da Assembleia Geral da CNBB, dia 15, os bispos reunidos em Aparecida (SP) trataram de Vida e Família, o Catecismo, Ano da Fé e suas ações concretas. A questão agrária também voltou à discussão nesta segunda-feira.
Participaram da coletiva de imprensa o
bispo de Ipameri (GO), dom Guilherme Werlang, o arcebispo de Brasília
(DF), dom Sérgio da Rocha e o bispo de Camaçari (BA), dom João Carlos
Petrini.
O arcebispo de Brasília e presidente da
Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé, dom Sérgio da Rocha
destacou aos jornalistas como vivência para o Ano da Fé o texto ‘As
razões da Fé na Ação evangelizadora’.
“É necessário que cada pessoa seja capaz
de vivenciar e testemunhar a fé. É necessária a compreensão que o Ano
da Fé vai muito além desta comissão. O Ato da fé tem a ver com o
conjuntos da vida”, afirmou dom Sérgio.
O arcebispo lembrou ainda que o
catecismo da Igreja Católica e a nova evangelização devem ser
instrumentos para viver a nossa fé.
Dom João Carlos Petrini, presidente da
Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e Família apresentou durante a
coletiva de imprensa algumas ações da comissão como a edição da ‘Hora da
Família’, subsidio utilizado em todo o Brasil para encontros e
reflexões dos assuntos relacionados à família.
Dom Petrini destacou ainda o Manual de
bioética para jovens que tem 2 milhões de edições e faz parte do
material que os peregrinos vão receber durante a Jornada Mundial da
Juventude, que acontece em julho no Rio de Janeiro.
Além desses títulos, o bispo de Camaçari
(BA) ressaltou também a publicação ‘Cristo nos ensina a amar’ com 30
perguntas e respostas relacionadas aos jovens. Dom Petrini destacou
ainda as Associações de Famílias como grande recurso na construção da
paz.
Peregrinação Nacional da Família –
Também como ação concreta da comissão, Dom Petrini falou sobre o grande
encontro de famílias no Santuário Nacional de Aparecida, que deve
acontecer em maio.
O presidente da Comissão Episcopal
Pastoral para Serviço, Justiça e Paz, dom Guilherme Welang falou sobre a
Igreja e as questões agrárias.
O bispo afirmou que o novo documento da
CNBB sobre questões relacionadas a este tema será colocado em votação
novamente na Assembleia Geral de 2014.
Respondendo a perguntas de jornalistas,
Dom Petrini afirmou que a nota emitida pelo Conselho Federal de Medicina
sobre o posicionamento em apoio à possibilidade de aborto até 12
semanas de gestação ignora a criança em gestação.
“Entendemos que é necessário levar em
consideração todos os fatores que envolvem essa situação. O direito à
vida é inviolável”, ressaltou dom Petrini.
Igreja e as questões agrárias - Dom
Guilherme explicou que o texto foi apresentado aos bispos na assembleia e
que houve uma grande participação dos grupos de trabalho e muitas
sugestões de emendas.
“É urgente um documento e uma
manifestação sobre este tema, mas percebemos que não teríamos condições
de acrescentar todas as sugestões de emendas feitas pelo nosso
episcopado. Diante disso votamos para que o documento seja enviado ao
bispos do Brasil posteriormente”, completou.
Dom Guilherme falou ainda sobre a
complexidade das questões que envolvem a água, seca, e grandes obras
hídricas. “A Comissão Pastoral da Terra avalia com seriedade as questões
ligadas a água, onde nos deparamos com sérios problemas como a
contaminação das águas, a privatização e as grandes hidrelétricas,
problemas que atingem a pesca, a agricultura e o meio ambiente”,
completou.
FONTE: CNBB