quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

UMA MENSAGEM DE ESPERANÇA PARA OS JOVENS

Queridos irmãos e irmãs!



No último dia 13, o Papa Francisco endereçou uma carta aos jovens por ocasião da apresentação do Documento Preparatório para a XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que acontecerá em outubro de 2018, em Roma. O tema do Sínodo será: “Os jovens, a fé eu discernimento vocacional”.
Na carta, o Papa Francisco dirige aos jovens de forma afetuosa: “Eu quis que vós estivésseis no centro da atenção, porque vos trago no coração”. A atenção do Papa Francisco aos jovens vem demonstrada desde os inícios de seu Pontificado, especialmente na Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, em 2013, quando, dirigindo-se ao Episcopado Brasileiro, assim se expressou: “eu rezei por vocês, por suas Igrejas, por seus presbíteros, religiosos e religiosas, por seus seminaristas, pelos leigos e as suas famílias, em particular pelos jovens e os idosos, já que ambos constituem a esperança de um povo: os jovens, porque eles carregam a força, o sonho, a esperança do futuro, e os idosos, porque eles são a memória, a sabedoria de um povo”.
Com essa carta aos jovens, o Papa Francisco inicia um novo caminho sinodal para toda a Igreja e apresenta o Documento Preparatório como “bússola” ao longo deste caminho. Nele, apresentado na coletiva de imprensa, no Vaticano, no dia 13 de janeiro, encontramos três capítulos e o questionário a ser enviado ao Conselho das Igrejas Orientais Católicas, às Conferências Episcopais, aos Dicastérios da Cúria Romana e à União dos Superiores Gerais. Tal Documento dá início à fase de consulta de todo o Povo de Deus. O objetivo é coletar informações sobre a hodierna condição dos jovens nos mais variados contextos em que vivem, para poder discernir adequadamente em vista da elaboração do Instrumentum Laboris. Na apresentação aos jornalistas, o Secretário geral do Sínodo dos Bispos, o Cardeal Lorenzo Baldisseri, afirmou que o Documento é endereçado a todos os jovens do mundo, na mais ampla dimensão e compreensão e participação.
Na Introdução ao Documento, a imagem do “discípulo amado” foi escolhida para ser ícone do caminho sinodal: o Apóstolo São João “é tanto a figura exemplar do jovem que decide seguir Jesus, como ‘o discípulo a quem Jesus amava’ (Jo 13, 23; 19, 26; 21, 7)”. Seguir Jesus é a proposta que a Igreja deverá sempre colocar em pauta. “A figura de João pode ajudar-nos a compreender a experiência vocacional como um progressivo processo de discernimento interior e de amadurecimento da fé, que leva a descobrir a alegria do amor e a vida em plenitude no dom de si e na participação no anúncio da Boa Notícia” (SÍNODO DOS BISPOS. Documento preparatório para a XV Assembleia Geral Ordinária, 2017). O Documento se divide em três partes. Seguindo o método caro ao Papa Francisco, Ver-Julgar-Agir, na primeira parte coloca-se na escuta da realidade, como título “Os jovens do mundo de hoje”. Na segunda parte, “Fé, discernimento, vocação”, se evidencia a importância do discernimento à luz da fé para chegar às escolhas de vida que correspondem à vontade de Deus e ao bem da pessoa. Na terceira parte concentra a atenção sobre a ação pastoral da comunidade eclesial, com o título “A ação pastoral”.
O Documento preparatório se põe em continuidade com o caminho do pontificado de Papa Francisco. Assim resumiu o Secretário Geral do Sínodo dos Bispos: “Ele se põe em continuidade com o caminho que a Igreja está percorrendo sob a guia do Magistério do Papa Francisco. A centralidade da alegria e do amor, muitas vezes sublinhada no texto, faz referências claras à Evangelii Gaudium e à Amoris Laetitia. Não faltam referências, também, à Laudato si’ e ao ensinamento de Bento XVI.
Faço votos de que, acolhendo esse Documento preparatório do próximo Sínodo, tenhamos luzes que ajudem no nosso trabalho pastoral junto aos jovens, dando-lhes esperança e uma mensagem de confiança, para que tenham de fato, um futuro cheio de realizações para o bem e para a paz.


                                                                                                                       DOM JAIME VIEIRA ROCHA

Fonte: http://arquidiocesedenatal.org.br/

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2017




A campanha da fraternidade 2017 tem como tema “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida” e o lema “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2.15). A iniciativa alerta para o cuidado da criação, de modo especial, dos biomas brasileiros.
Segundo o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner, a proposta é dar ênfase a diversidade de cada bioma e criar relações respeitosas com a vida e a cultura dos povos que neles habitam, especialmente à luz do Evangelho. Ainda de acordo com o bispo, a Campanha deseja que o cristão seja um cultivador e guardador da obra criada. “Cultivar e guardar nasce da admiração! A beleza que toma o coração faz com que nos inclinemos com reverência diante da criação. A campanha deseja, antes de tudo, levar à admiração, para que todo o cristão seja um cultivador e guardador da obra criada”.

Para mais informações acesse:

http://www.cnbb.org.br

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Nota do Arcebispo de Natal sobre a situação da Penitenciária de Alcaçuz


Irmãos e irmãs,
Acompanhamos, com muito pesar e tristeza, os últimos acontecimentos ocorridos na Penitenciária Estadual de Alcaçuz. Nossa prece e atenção por esses momentos trágicos de violência e de morte. Sem dúvida, é necessária uma urgente reflexão sobre as condições dos nossos presídios. Suplicamos ao bom Deus para que apazigue os ânimos daqueles nossos irmãos a fim de que renunciem à violência, e a sociedade e o Estado busquem o diálogo e encontrem caminhos para enfrentar a problemática que envolve o nosso sistema prisional. Em todas as missas, hoje, no momento da Oração da Assembleia, coloquemos nas intenções a súplica implorando a compaixão do nosso Deus por aqueles que perderam a vida e por todos os que se encontram nos presídios que, como bem disse o Papa Francisco, devem ser lugares de humanização e de esperança de mudança. Deve ser ideal de todos os brasileiros construir uma Pátria de cidadãos com oportunidades de vida digna, direitos e deveres para todos, e não uma Pátria de excluídos e marginais.


Natal, 15 de janeiro de 2017
Dom Jaime Vieira Rocha
Arcebispo de Natal




Fonte:http://arquidiocesedenatal.org.br 

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

ANO MARIANO

Mensagem à Igreja Católica no Brasil

ANO NACIONAL MARIANO



Na imagem de Nossa Senhora Aparecida “há algo de perene para se aprender”. 
“Deus ofereceu ao Brasil a sua própria Mãe”
(Papa Francisco)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, em comemoração aos 300 anos do encontro da Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, nas águas do rio Paraíba do Sul, instituiu o Ano Nacional Mariano,  iniciando-se aos 12 de outubro de 2016, e concluindo-se aos 11 de outubro de 2017, para celebrar, fazer memória e agradecer.
Como no episódio da pesca milagrosa narrada pelos Evangelhos, também os nossos pescadores passaram pela experiência do insucesso. Mas, também eles, perseverando em seu trabalho, receberam um dom muito maior do que poderiam esperar: “Deus ofereceu ao Brasil a sua própria Mãe”. Tendo acolhido o sinal que Deus lhes tinha dado, os pescadores tornam-se missionários, partilhando com os vizinhos a graça recebida. Trata-se de uma lição sobre a missão da Igreja no mundo: “O resultado do trabalho pastoral não se assenta na riqueza dos recursos, mas na criatividade do amor” (Papa Francisco).
A celebração dos 300 anos é uma grande ação de graças. Todas as dioceses do Brasil, desde 2014, se preparam, recebendo a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida, que percorre cidades e periferias, lembrando aos pobres e abandonados que eles são os prediletos do coração misericordioso de Deus. 
O Ano Mariano vai, certamente, fazer crescer ainda mais o fervor desta devoção e da alegria em fazer tudo o que Ele disser (cf. Jo 2,5).
Todas as famílias e comunidades são convidadas a participar intensamente desse Ano Mariano.
A companhia e a proteção maternal de Nossa Senhora Aparecida nos ajude a progredir como discípulas e discípulos, missionárias e missionários de Cristo!


Brasília-DF, 1º de agosto de 2016


Dom Sergio da Rocha                                              Dom Murilo S. R. Krieger
        Arcebispo de Brasília-DF                                     Arcebispo de S. Salvador da Bahia-BA
Presidente da CNBB                                                  Vice-Presidente da CNBB


Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília-DF

Secretário-Geral da CNBB


                                                                                                                                                       Fonte:http://www.cnbb.org.br

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

MENSAGEM DO ARCEBISPO

Ano Novo, paz e não-violência

Queridos irmãos e irmãs!

Um novo ano chega para todos nós. Como seria bom que a canção que diz: “este ano quero paz no meu coração, quem quiser ser meu amigo que me dê a mão”, fosse cantada por todos com imensa alegria. Nós que acreditamos na Criança de Belém, sabemos que a paz é possível, pois Ele nos dá essa paz que cria amizade, que acolhe, que se solidariza, que cria uma cultura da não-violência. Como seria bom que tudo isso, amizade, acolhimento, solidariedade estivesse bem presente em todas as pessoas no ano novo. Eis um desafio para todos nós cristãos e cristãs: fazer de 2017 um ano cheio de alegria e de paz, um ano da cultura da não-violência.
Na Mensagem para o 50º Dia Mundial da Paz, o Papa Francisco, que escolheu como tema, “A não-violência: estilo de uma política para a paz”, afirmou: “Nesta ocasião, desejo deter-me na não-violência como estilo duma política de paz, e peço a Deus que nos ajude, a todos nós, a inspirar na não-violência as profundezas dos nossos sentimentos e valores pessoais. Sejam a caridade e a não-violência a guiar o modo como nos tratamos uns aos outros nas relações interpessoais, sociais e internacionais. Quando sabem resistir à tentação da vingança, as vítimas da violência podem ser os protagonistas mais credíveis de processos não-violentos de construção da paz. Desde o nível local e diário até ao nível da ordem mundial, possa a não-violência tornar-se o estilo caraterístico das nossas decisões, dos nossos relacionamentos, das nossas ações, da política em todas as suas formas” (FRANCISCO. Mensagem para o 50º Dia Mundial da Paz, 2017).
Se fizéssemos um balanço do ano que passou, todos diríamos que foi um ano muito violento. Um número absurdo e desolador: mais de 1900 homicídios no Estado do Rio Grande do Norte. É uma situação que clama aos céus, pois Deus é o Deus da vida. Isso faz urgente a mensagem do Papa Francisco para que a não-violência seja, de fato, uma realidade em nossa sociedade. No mapa da violência até crianças são vítimas, também os que são responsáveis pela segurança são tragados pelo rio infernal da violência. Aonde vamos chegar com tanto desrespeito à vida?
Neste Dia Mundial da Paz, dia da fraternidade universal, somos convocados pelo Príncipe da Paz a criar uma cultura de paz. Ela é continuação da cultura da misericórdia, também evocada pelo Papa Francisco. Quando buscamos a não-violência, quando estabelecemos a paz em nossas relações, então, estamos vivendo a misericórdia. Se acontece a violência, se a vingança é a reação mais profunda, então, a misericórdia passou longe. Ah! Como seria bom que tivéssemos sempre diante de nós uma única alternativa: resistir à tentação da vingança. Nunca é demais ressaltar que nenhum governo será bom se descuida da violência. Como seria bom que o nosso Estado investisse mais e mais recursos para garantir segurança aos nossos cidadãos. Este é um apelo que fazemos. Mas, ao mesmo tempo, é necessário afirmar: a paz que desejamos, a cultura da não-violência evocada pelo nosso bom Papa Francisco, devem começar em nossa casa. E mais, deve ser assumida como propósito para o ano novo. Se nós cristãos e cristãs vivermos difundindo essa cultura, então colaboraremos com paz. Oxalá não exista nenhum fiel que ceda à tentação da vingança e, assim, construa a paz. As palavras mais encorajadoras dessa cultura vem do Magistério da Igreja: “Hoje, ser verdadeiro discípulo de Jesus significa aderir também à sua proposta de não-violência. Esta, como afirmou o meu predecessor Bento XVI, ‘é realista, pois considera que no mundo existe demasiada violência, demasiada injustiça e, portanto, não se pode superar esta situação, exceto se lhe contrapuser algo mais de amor, algo mais de bondade. Este ‘algo mais’ vem de Deus’” (FRANCISCO. Mensagem para o 50º Dia Mundial da Paz, 2017).
Procuremos, então, viver 2017 assim. Com certeza, faremos de nossa cidade, um lugar de paz. Esse é o convite do Papa: No ano de 2017, comprometamo-nos, através da oração e da ação, a tornar-nos pessoas que baniram dos seus corações, palavras e gestos à violência, e a construir comunidades não-violentas, que cuidem da casa comum. ’Nada é impossível, se nos dirigimos a Deus na oração. Todos podem ser artesãos de paz”.

Que 2017 seja um ano de paz, é o que queremos, é o que desejo de todo o coração.

Dom Jaime Vieira Rocha


Fonte:http://arquidiocesedenatal.org.br/mensagem/ano-novo-paz-e-nao-violencia