domingo, 7 de dezembro de 2014

A COROA DO ADVENTO





Desde a sua origem a Coroa de Advento possui um sentido especificamente religioso e cristão: anunciar a chegada do Natal sobretudo às crianças, preparar-se para a celebração do Santo Natal, suscitar a oração em comum, mostrar que Jesus Cristo é a verdadeira luz, o Deus da Vida que nasce para a vida do mundo. O lugar mais natural para o seu uso é família.
Além da coroa como tal com as velas, é uso antigo pendurar uma coroa (guirlanda), neste caso sem velas, na porta da casa. Em geral laços vermelhos substituem as velas indicando os quatro pontos cardeais. Entrou também nas igrejas em formas e lugares diferentes, em geral junto ao ambão. Cada domingo do Advento se acende uma vela. Hoje está presente em escolas, hotéis, casas de comércio, nas ruas e nas praças. Tornou-se mesmo enfeite natalino. Já não se pode pensar em tempo de Advento sem a coroa com suas quatro velas.


Simbolismo da Coroa de Advento

Pelo fato de se tratar de uma linguagem simbólica, a Coroa de Advento e seus elementos podem ser interpretados de diversas formas. Desde a sua origem ela possui um forte apelo de compromisso social, de promoção das pessoas pobres e marginalizadas. Trata-se de acolher e cuidar da vida onde quer que ela esteja ameaçada. Podemos dizer que a Coroa de Advento constitui um hino à natureza que se renova, à luz que vence as trevas, um hino a Cristo, a verdadeira luz, que vem para vencer as trevas do mal e da morte. É, sobretudo, um hino à vida que brota da verdadeira Vida.

A mensagem da Coroa de Advento é percebida a partir do simbolismo de cada um de seus elementos.


O Círculo

A coroa tem a forma de círculo, símbolo da eternidade, da unidade, do tempo que não tem início nem fim, de Cristo, Senhor do tempo e da história. O círculo indica o sol no seu ciclo anual, sua plenitude sem jamais se esgotar, gerando a vida. Para os cristãos este sol é símbolo de Cristo.

Desde a Antigüidade, a coroa é símbolo de vitória e do prêmio pela vitória. Lembremos a coroa de louros, a coroa de ramos de oliveira, com a qual são coroados os atletas vitoriosos nos jogos olímpicos.


Os ramos verdes

Os ramos verdes que enfeitam o círculo constumam ser de abeto ou de pinus, de ciprestes. É símbolo nórdico. Não perdem as folhas no inverno. É, pois, sinal de persistência, de esperança, de imortalidade, de vitória sobre a morte.

Para nós no Brasil este elemento é um tanto artificial e, por isso, problemático, menos significativo, visto que celebramos o Natal no início do verão e com isso não vivenciamos esta mudança da renovação da natureza. Por isso, a tendência de se substituir o verde por outros elementos ornamentais do círculo: frutos da terra, sementes, flores, raízes, nozes, espigas de trigo.
Para ornar a coroa usam-se também laços de fitas vermelhas ou rosas, símbolo do amor de Jesus Cristo que se torna homem, símbolo da sua vitória sobre a morte através da sua entrega por amor.
Deste modo, nas guirlandas penduradas nas portas das casas, os laços ocupam o lugar das velas.
Lembram os pontos cardeais, a cruz de Cristo, que irradia a luz da salvação ao mundo inteiro.


As velas

As quatro velas indicam as quatro semanas do Tempo do Advento, as quatro fases da História da Salvação preparando a vinda do Salvador, os quatro pontos cardeais, a Cruz de Cristo, o Sol da salvação, que ilumina o mundo envolto em trevas. O ato de acender gradativamente as velas significa a progressiva aproximação do Nascimento de Jesus, a progressiva vitória da luz sobre as trevas.Originariamente, a velas eram três de cor roxa e uma de cor rosa, as cores dos domingos do Advento.


O roxo, para indicar a penitência, a conversão a Deus e o rosa como sinal de alegria pelo próximo nascimento de Jesus, usada no 3º domingo do Advento, chamado de Domingo “Gaudete” (Alegrai-vos).
Existem diferentes tradições sobre os significados das velas. Uma bastante difundida:
  • a primeira vela é do profeta;
  • a segunda vela é de Belém;
  • a terceira vela é dos pastores;
  • a quarta vela é dos anjos.

Outra tradição vê nas quatro velas as grandes fases da História da Salvação até a chegada de Cristo. Assim:

  • a primeira é a vela do perdão concedido a Adão e Eva, que de mortais se tornarão seres viventes em Deus;
  • a segunda é a vela da fé dos patriarcas que crêem na promessa da Terra Prometida;
  • a terceira é a vela da alegria de Davi pela sua descendência;
  • a quarta é a vela do ensinamento dos profetas que anunciam a justiça e a paz.


Nesta perspectiva podemos ver nas quatro velas as vindas ou visitas de Deus na história, preparando sua visita ou vinda definitiva no seu Filho Encarnado, nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo:
  • o tempo da criação: de Adão e Eva até Noé;
  • o tempo dos patriarcas;
  • o tempo dos reis;
  • o tempo dos profetas.

BECKHÄUSER, Frei Alberto, Coroa de Advento – história, simbolismo e celebrações, Vozes, 2006.

domingo, 23 de novembro de 2014

Festa de Cristo Rei 2014





ARQUIDIOCESE DE NATAL
PARÓQUIA DE CRISTO REI
XXIII SEMANA DA PAZ: 23 A 30 DE NOVEMBRO DE 2014
TEMA CENTRAL: A FAMILIA, COMO VAI?

01- MOTIVAÇÕES: ENCONTRAR CAMINHOS DE VERDADE E MISERICÓRDIA PARA TODOS, fazendo uma abordagem que permita apreciar mais OS VALORES POSITIVOS do que os LIMITES e CARÊNCIAS que vivem as Famílias no mundo de hoje.

02 - METODOLOGIA: Realização da XXIII SEMANA DA PAZ, com o Tema Central: A FAMÍLIA, COMO VAI?

Em cada celebração, conforme os Convidados Especiais daquela noite, apresentar uma Reflexão sobre o CONTEXTO e os DESAFIOS da Família nos âmbitos sociocultural, religioso e afetivo, tais como:

Realidades como o INDIVIDUALISMO e a SOLIDÃO decorrentes das mudanças antropológicas e culturais, próprias ao nosso tempo.

Problemas como a precariedade do trabalho; o desemprego; o subemprego, a política salarial do país que geram insatisfação e, consequentemente, o ócio causador de múltiplos problemas pessoais e sociais.

O crescimento da prática da coabitação antes do matrimônio e, em muitos casos, não havendo o interesse de um vínculo institucional.

O aumento cada vez maior do número de crianças que nascem fora do casamento e crescem com apenas um dos pais ou em um contexto de família alargada.

A falta de maturidade afetiva é um desafio real para o crescimento dos Casais, ocasionando crises que desestabilizam a família levando à separação e ao divórcio.


03 - ORIENTAÇÕES PASTORAIS QUE FAVORECEM A PAZ

 Acolhermos as pessoas com a sua existência concreta;

Aprendermos a apoiar essa busca, concretamente, com caridade.

Incentivarmos todos para o desejo de buscar Deus e o desejo de se sentir totalmente parte da Igreja, da vida paroquial.

A Doutrina da nossa Fé Católica seja conhecida mais e mais em seus conteúdos fundamentais e vivida com misericórdia.


04 –  PROPOSTAS PARA A  EVANGELIZAÇÃO DA PARÓQUIA, EM 2015:

É preciso fazer com que a Igreja seja a CASA PATERNA onde há lugar para cada um com a sua vida árdua e, ao mesmo tempo, feliz.

Retomada da Evangelização no mundo da Família.

Renovar a vivência da mística matrimonial e familiar a partir do Evangelho

Valorização da Família como “célula básica” da Igreja e da sociedade

A Paróquia continue a ser portadora da Boa-Nova a todos, mesmo aos que vivem as situações humanas, matrimoniais e familiares mais complicadas e contraditórias.

Sermos “UMA IGREJA EM SAÍDA” à procura da ovelha perdida, dos doentes, dos enfermos... FAZERMOS COMO JESUS FEZ!

Tornar presente no seio das Famílias, por meio do Evangelho, o sentimento de pertença, a afetividade e o amor, o respeito delicado de pessoa a pessoa, a acolhida fraterna, o aconchego familiar, a intimidade entre todos, a confiança, a aceitação da pessoa como ela é, o projeto de vida realizado juntos, a alegria simples, a esperança...


05 – CONSIDERAÇÕES

Será que é a Família que tem que mudar ou são as nossas atitudes em relação à Família que devem mudar?

A verdade é que a Família vem sendo desconfigurada há muito tempo, até em seus mais simples recônditos.

Existe crise nas famílias ou nas pessoas da família?

A Igreja aconselha a se recomeçar pelo mais essencial no casamento e na família: o amor sincero e generoso, a confiança nos sentimentos bons, a fidelidade conjugal, a Fé em Deus


06 -  FINALMENTE: A FAMILIA, COMO VAI?
 





PROGRAMAÇÃO

Data
Dia
Festividades
23/11
DOMINGO
Abertura- Dia de Cristo Rei
     Celebração da Santa Missa na Matriz de Cristo Rei e nas Capelas

24/11

SEGUNDA-FEIRA
Maria, Mãe e Mestra das famílias
19:30 – Celebração da Santa Missa
Movimentos marianos: Legião de Maria, Apostolado da oração, Servos da Rainha, Mãe Peregrina e Comunidade bíblica

25/11

TERÇA-FEIRA
Noite das Famílias
19:30 –  Celebração da Santa Missa
Encontro de Casais com Cristo, Pastoral familiar e Equipes de Nossa Senhora

26/11

QUARTA-FEIRA
Noite das Famílias Dizimistas
19:30 – Celebração da Santa Missa
Agentes da pastoral do Dízimo, Dizimistas da paróquia e de outras paróquias.
Comunidade Bíblica

27/11

QUINTA-FEIRA
Noite da Eucaristia
19:30 -  Celebração da Santa Missa
Membros Extraordinários da Comunhão Eucarística

28/11

SEXTA-FEIRA
Noite Missionária
19:30 – Celebração da Santa Missa
Pastoral Missionária, Pastoral do Batismo, Pastoral Social (Sopão)


29/11

SÁBADO
Noite das Comunidades
19:00 - Celebração da Santa Missa
Todas as comunidades da Paróquia de Cristo Rei – Sede e Capelas
Comunidade dos Jovens: Crisma, JCCR, Catequese e todas as pastorais

30/11

DOMINGO
Encerramento
Encerramento da Semana da Paz: Celebração da Santa Missa na Matriz de Cristo Rei e nas Capelas





O Ano Litúrgico, constituído por diversos ciclos, termina com a Festa de Cristo Rei. Jesus nasce com o título de Rei e é agora proclamado pela Igreja como Rei do universo. É o cume de um reinado que foi manifestado num amor extremo, selado na cruz e na glorificação eterna.

Numa visão, o profeta Daniel contempla o trono de Deus e seu juízo sobre o mundo. Ele vê também alguém como “filho de homem” sobre o trono (Dn 7, 9-14). Nos Evangelhos, a expressão “filho de homem” refere-se a Jesus Cristo, àquele que veio do alto para construir o Reino de Deus.

Devemos entender que não são os poderes do mundo que determinam a história, mas sim, aquele que é o Senhor da história, fazendo triunfar o seu Reino. Isto significa que a última palavra sobre o mundo pertence a Deus. É até uma questão de fé e certeza de que as forças do mundo são meramente passageiras.

O centro da história é Jesus Cristo, que veio como Rei, caminha como Rei e termina seu ciclo na terra como Rei. É o mesmo que dizer: “aquele que é, que era e que vem”. Ele é o cumprimento da Aliança feita por Deus com Abraão lá no passado, que só acontece no gesto de doação total na prática do amor.

Mesmo dizendo que o Brasil é o maior país cristão do mundo, Jesus continua sendo o grande desconhecido pelo nosso povo. Desta forma, não criamos paixão por Ele e agimos de forma desregrada, sem compromisso social e ferindo a dignidade das pessoas. Não conseguimos perceber que o amor cristão implica defender a vida do outro, que tem o mesmo direito que nós.

Jesus nunca impôs seu poder através do uso da violência desumana, porque não tinha pretensões egoístas. Sua ação ia além dos limites do mundo e passava por uma prática de testemunho coerente e visível aos olhos da sociedade de seu tempo. Com isto Ele instaurou um reinado que contradiz com os poderes mundanos.