sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA A QUARESMA



Amados irmãos e irmãs!

A Quaresma é um novo começo, uma estrada que leva a um destino seguro: a Páscoa de Ressurreição, a vitória de Cristo sobre a morte. E este tempo não cessa de nos dirigir um forte convite à conversão: o cristão é chamado a voltar para Deus «de todo o coração» (Jl 2, 12), não se contentando com uma vida medíocre, mas crescendo na amizade do Senhor. Jesus é o amigo fiel que nunca nos abandona, pois, mesmo quando pecamos, espera pacientemente pelo nosso regresso a Ele e, com esta espera, manifesta a sua vontade de perdão (cf. Homilia na Santa Missa, 8 de janeiro de 2016).
A Quaresma é o momento favorável para intensificarmos a vida espiritual através dos meios santos que a Igreja nos propõe: o jejum, a oração e a esmola. Na base de tudo isto, porém, está a Palavra de Deus, que somos convidados a ouvir e meditar com maior assiduidade neste tempo. Aqui queria deter-me, em particular, na parábola do homem rico e do pobre Lázaro (cf. Lc 16, 19-31). Deixemo-nos inspirar por esta página tão significativa, que nos dá a chave para compreender como temos de agir para alcançarmos a verdadeira felicidade e a vida eterna, incitando-nos a uma sincera conversão.

1.       O outro é um dom

A parábola inicia com a apresentação dos dois personagens principais, mas quem aparece descrito de forma mais detalhada é o pobre: encontra-se numa condição desesperada e sem forças para se solevar, jaz à porta do rico na esperança de comer as migalhas que caem da mesa dele, tem o corpo coberto de chagas, que os cães vêm lamber (cf. vv. 20-21). Enfim, o quadro é sombrio, com o homem degradado e humilhado.
A cena revela-se ainda mais dramática, quando se considera que o pobre se chama Lázaro, um nome muito promissor pois significa, literalmente, «Deus ajuda». Não se trata duma pessoa anónima; antes, tem traços muito concretos e aparece como um indivíduo a quem podemos atribuir uma história pessoal. Enquanto Lázaro é como que invisível para o rico, a nossos olhos aparece como um ser conhecido e quase de família, torna-se um rosto; e, como tal, é um dom, uma riqueza inestimável, um ser querido, amado, recordado por Deus, apesar da sua condição concreta ser a duma escória humana (cf. Homilia na Santa Missa, 8 de janeiro de 2016).
Lázaro ensina-nos que o outro é um dom. A justa relação com as pessoas consiste em reconhecer, com gratidão, o seu valor. O próprio pobre à porta do rico não é um empecilho fastidioso, mas um apelo a converter-se e mudar de vida. O primeiro convite que nos faz esta parábola é o de abrir a porta do nosso coração ao outro, porque cada pessoa é um dom, seja ela o nosso vizinho ou o pobre desconhecido. A Quaresma é um tempo propício para abrir a porta a cada necessitado e nele reconhecer o rosto de Cristo. Cada um de nós encontra-o no próprio caminho. Cada vida que se cruza connosco é um dom e merece aceitação, respeito, amor. A Palavra de Deus ajuda-nos a abrir os olhos para acolher a vida e amá-la, sobretudo quando é frágil. Mas, para se poder fazer isto, é necessário tomar a sério também aquilo que o Evangelho nos revela a propósito do homem rico.

2.      O pecado cega-nos

A parábola põe em evidência, sem piedade, as contradições em que vive o rico (cf. v. 19). Este personagem, ao contrário do pobre Lázaro, não tem um nome, é qualificado apenas como «rico». A sua opulência manifesta-se nas roupas, de um luxo exagerado, que usa. De facto, a púrpura era muito apreciada, mais do que a prata e o ouro, e por isso se reservava para os deuses (cf. Jr 10, 9) e os reis (cf. Jz 8, 26). O linho fino era um linho especial que ajudava a conferir à posição da pessoa um caráter quase sagrado. Assim, a riqueza deste homem é excessiva, inclusive porque exibida habitualmente: «Fazia todos os dias esplêndidos banquetes» (v. 19). Entrevê-se nele, dramaticamente, a corrupção do pecado, que se realiza em três momentos sucessivos: o amor ao dinheiro, a vaidade e a soberba (cf. Homilia na Santa Missa, 20 de setembro de 2013).
O apóstolo Paulo diz que «a raiz de todos os males é a ganância do dinheiro» (1 Tm 6, 10). Esta é o motivo principal da corrupção e uma fonte de invejas, contendas e suspeitas. O dinheiro pode chegar a dominar-nos até ao ponto de se tornar um ídolo tirânico (cf. Exort. ap. Evangelii gaudium, 55). Em vez de instrumento ao nosso dispor para fazer o bem e exercer a solidariedade com os outros, o dinheiro pode-nos subjugar, a nós e ao mundo inteiro, numa lógica egoísta que não deixa espaço ao amor e dificulta a paz.
Depois, a parábola mostra-nos que a ganância do rico fá-lo vaidoso. A sua personalidade vive de aparências, fazendo ver aos outros aquilo que se pode permitir. Mas a aparência serve de máscara para o seu vazio interior. A sua vida está prisioneira da exterioridade, da dimensão mais superficial e efémera da existência (cf. ibid., 62).
O degrau mais baixo desta deterioração moral é a soberba. O homem veste-se como se fosse um rei, simula a posição dum deus, esquecendo-se que é um simples mortal. Para o homem corrompido pelo amor das riquezas, nada mais existe além do próprio eu e, por isso, as pessoas que o rodeiam não caiem sob a alçada do seu olhar. Assim o fruto do apego ao dinheiro é uma espécie de cegueira: o rico não vê o pobre esfomeado, chagado e prostrado na sua humilhação.
Olhando para esta figura, compreende-se por que motivo o Evangelho é tão claro ao condenar o amor ao dinheiro: «Ninguém pode servir a dois senhores: ou não gostará de um deles e estimará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro» (Mt 6, 24).

3.      A Palavra é um dom

O Evangelho do homem rico e do pobre Lázaro ajuda a prepararmo-nos bem para a Páscoa que se aproxima. A liturgia de Quarta-Feira de Cinzas convida-nos a viver uma experiência semelhante à que faz de forma tão dramática o rico. Quando impõe as cinzas sobre a cabeça, o sacerdote repete estas palavras: «Lembra-te, homem, que és pó da terra e à terra hás de voltar». De facto, tanto o rico como o pobre morrem, e a parte principal da parábola desenrola-se no Além. Dum momento para o outro, os dois personagens descobrem que nós «nada trouxemos ao mundo e nada podemos levar dele» (1 Tm 6, 7).
Também o nosso olhar se abre para o Além, onde o rico tece um longo diálogo com Abraão, a quem trata por «pai» (Lc 16, 24.27), dando mostras de fazer parte do povo de Deus. Este detalhe torna ainda mais contraditória a sua vida, porque até agora nada se disse da sua relação com Deus. Com efeito, na sua vida, não havia lugar para Deus, sendo ele mesmo o seu único deus.
Só no meio dos tormentos do Além é que o rico reconhece Lázaro e queria que o pobre aliviasse os seus sofrimentos com um pouco de água. Os gestos solicitados a Lázaro são semelhantes aos que o rico poderia ter feito, mas nunca fez. Abraão, porém, explica-lhe: «Recebeste os teus bens na vida, enquanto Lázaro recebeu somente males. Agora, ele é consolado, enquanto tu és atormentado» (v. 25). No Além, restabelece-se uma certa equidade, e os males da vida são contrabalançados pelo bem.
Mas a parábola continua, apresentando uma mensagem para todos os cristãos. De facto o rico, que ainda tem irmãos vivos, pede a Abraão que mande Lázaro avisá-los; mas Abraão respondeu: «Têm Moisés e os Profetas; que os oiçam» (v. 29). E, à sucessiva objeção do rico, acrescenta: «Se não dão ouvidos a Moisés e aos Profetas, tão-pouco se deixarão convencer, se alguém ressuscitar dentre os mortos» (v. 31).
Deste modo se patenteia o verdadeiro problema do rico: a raiz dos seus males é não dar ouvidos à Palavra de Deus; isto levou-o a deixar de amar a Deus e, consequentemente, a desprezar o próximo. A Palavra de Deus é uma força viva, capaz de suscitar a conversão no coração dos homens e orientar de novo a pessoa para Deus. Fechar o coração ao dom de Deus que fala, tem como consequência fechar o coração ao dom do irmão.
Amados irmãos e irmãs, a Quaresma é o tempo favorável para nos renovarmos, encontrando Cristo vivo na sua Palavra, nos Sacramentos e no próximo. O Senhor – que, nos quarenta dias passados no deserto, venceu as ciladas do Tentador – indica-nos o caminho a seguir. Que o Espírito Santo nos guie na realização dum verdadeiro caminho de conversão, para redescobrirmos o dom da Palavra de Deus, sermos purificados do pecado que nos cega e servirmos Cristo presente nos irmãos necessitados. Encorajo todos os fiéis a expressar esta renovação espiritual, inclusive participando nas Campanhas de Quaresma que muitos organismos eclesiais, em várias partes do mundo, promovem para fazer crescer a cultura do encontro na única família humana. Rezemos uns pelos outros para que, participando na vitória de Cristo, saibamos abrir as nossas portas ao frágil e ao pobre. Então poderemos viver e testemunhar em plenitude a alegria da Páscoa.

Vaticano, 18 de outubro de 2016.
Festa do Evangelista São Lucas

FRANCISCO



Fonte: http://pt.radiovaticana.va

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

INSCRIÇÕES - CRISMA 2017

INÍCIO CRISMA 2017:
 11 DE MARÇO

TURMAS AOS SÁBADOS
(15 EM 15 DIAS)
HORÁRIO: 15:30 h às 17:30 h



FAÇA SUA INSCRIÇÃO:

TERÇA À SEXTA – TARDE
FINS DE SEMANA APÓS AS MISSAS
Secretaria paroquial


LEVAR: XEROX DO RG
1 FOTO 3X4

Valor: R$ 20,00


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

VI TERÇO DA JUVENTUDE


Na tarde deste domingo (12), os jovens da Paróquia de Cristo Rei se reuniram para rezar o primeiro Terço da Juventude de 2017.
Em clima de grande oração e fé cristã, todos fizeram a recitação do terço conduzidos por jovens que apresentavam os mistérios e que realizavam orações meditativas sobre a mensagem de cada um, acompanhados pelo ministério de música que entoou belíssimas canções de fé, amor e gratidão a Cristo e a Maria.
Em um momento do terço, todos os jovens foram em procissão até o altar e ofertaram à Maria pétalas de rosas em sinal de agradecimento pelo seu amor de Mãe.












O terço foi encerrado com um forte momento de adoração conduzido pelo Diácono Iremar.
Em um ambiente de profundo silêncio e fé contemplativa, diante de Cristo, os jovens fizeram o ato penitencial, refletiram sobre a liturgia do domingo e foram conduzidos a agradecer e entregar a Deus todos os projetos para o ano de 2017.
Foi um momento de grande espiritualidade e de demonstração de fé por todos os jovens presentes.










Fotos: Jocaff Souza



sábado, 11 de fevereiro de 2017

Convite - O VI Terço da Juventude é amanhã!



                 A Juventude da Cristo Rei convida todos para o primeiro Terço da Juventude de 2017.

                                                    A Juventude e nossa Mãezinha te esperam!

                                                       Traga seu amigo, sua família e seu terço.

                                               Juntos vamos fazer desse momento inesquecível!

NOTÍCIAS

CAPELA DE NOSSA SENHORA DE LOURDES CELEBRA A FESTA DE SUA PADROEIRA


Nesta quinta-feira, dia 09, teve início o Tríduo em honra a Nossa Senhora de Lourdes com a celebração da Santa Missa presidida por Pe Alfredo na Capela de Nossa Senhora de Lourdes, na primeira etapa do Conjunto Pirangi.

Na noite desta sexta-feira (10) aconteceu o segundo dia do Tríduo com a presença dos movimentos marianos da Paróquia de Cristo Rei, membros da Equipe de Evangelização e do Setor Social.
Na homilia, Pe Alfredo falou da importância das celebrações da festa de padroeiro em que o centro seja a eucaristia, onde os fiéis são chamados com grande alegria a se reunir para rezarem juntos em torno do altar de Cristo.
 Durante a celebração, o pároco também realizou uma oração recordando todos os doentes que sofrem nos hospitais. Os fiéis se uniram em prece pedindo a interseção de Nossa Senhora de Lourdes, protetora dos enfermos.

O Tríduo encerra-se neste sábado com a Celebração da Santa Missa às 16:00 hs.
Todos os paroquianos estão convidados a celebrar o Dia de Nossa Senhora de Lourdes.
Venha participar conosco.













Fotos: Lanaiza Araújo


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

COMUNIDADES DE VIDA CRISTÃ

COMUNIDADES INICIAM AS ATIVIDADES DE 2017


Nesta terça-feira, dia 07, todas as comunidades de vida cristã se reuniram para dar início às atividades de 2017. Na ocasião, aconteceu a Celebração da Missa de Envio presidida por Pe Alfredo, que apresentou a nova equipe de evangelização (EVA) e as diretrizes gerais do plano pastoral da Paróquia para o ano.






Na ação de graças da Missa, todas as comunidades foram chamadas a se ajoelhar diante do altar de Cristo Rei para juntas fazerem uma oração de agradecimento e de compromisso para a missão, confiando a Deus todos os projetos para o ano de 2017.
No final deste momento, todos se abraçaram em sinal de alegria e de fraternidade.









  Depois da bênção final, Pe Alfredo falou um pouco com os membros das comunidades, explicando o tema do projeto de evangelização 2017, "A dignidade da pessoa humana", bem como o tema do projeto para as Comunidades de Vida Cristã, que será trabalhado ao longo do ano: "Somos Família, cada casa uma escola de vida e de amor".









Cristo Rei ilumine a missão de todas as Comunidades de Vida Cristã neste ano de 2017 para que sejam anunciadoras do Evangelho e um sinal vivo do amor de Deus em suas casas, em suas famílias e e na sociedade.





Fotos: Joyce Macedo
           Silvana Amorim
           Lanaiza Araújo